Multidões Celebram a Queda do Regime de Bashar al-Assad na Síria
No último domingo, 8 de dezembro de 2024, a Síria foi palco de grandes celebrações após a queda do regime de Bashar al-Assad. A ofensiva rápida dos grupos rebeldes, liderados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), culminou em um momento histórico, encerrando mais de 24 anos de governo autoritário da família Assad e 13 anos de uma guerra civil devastadora que resultou em quase meio milhão de mortes.
Os rebeldes declararam a “libertação” da capital Damasco, afirmando que Assad deixou o país e buscou asilo na Rússia. O ex-presidente, que governou com mão de ferro desde o ano 2000, não pôde resistir à pressão da ofensiva que teve início em 27 de novembro e rapidamente conquistou cidades estratégicas como Aleppo e Homs.
A comunidade internacional reagiu de maneira mista à notícia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu a queda de Assad como uma “oportunidade histórica” para o povo sírio. Enquanto isso, líderes europeus, incluindo os da França e Alemanha, expressaram apoio à mudança, mas pediram cautela em relação ao extremismo. Em contraste, a Rússia e o Irã, aliados históricos de Assad, manifestaram preocupação sobre como a saída do presidente pode afetar o equilíbrio regional.
As celebrações em Damasco foram marcadas por atos simbólicos, como a destruição de uma estátua de Hafez al-Assad, pai de Bashar, além da libertação de prisioneiros detidos injustamente. Entretanto, a situação na Síria ainda permanece incerta, com riscos potenciais de fragmentação e conflitos entre diferentes facções.